Antes de tudo, no mundo das bases de dados e gerenciamento de informações, os relacionamentos entre entidades são fundamentais para organizar e representar dados de maneira significativa. Um tipo de relacionamento comum, mas muitas vezes desafiador, é o relacionamento N para N (muitos-para-muitos). Além disso, neste artigo, exploraremos em detalhes o que é um relacionamento N:N, por que é importante e como gerenciá-lo eficazmente.
Tabela de Conteúdo
ToggleO Que é um Relacionamento N:N?
Definindo Relacionamentos N:N
Um relacionamento N N ou Muitos-para-muitos, ou muitos-para-muitos, ocorre quando várias entidades de um lado de um relacionamento podem se associar a várias entidades do outro lado. Sendo assim, isso cria uma situação em que múltiplas instâncias de uma entidade estão relacionadas a múltiplas instâncias da outra entidade. Imagine um cenário em que alunos podem se inscrever em várias disciplinas e, ao mesmo tempo, uma disciplina é frequentada por vários alunos. Isso exemplifica um relacionamento NN.
Primordialmente, objetos também podem se relacionar com cardinalidade N para N, e esta cardinalidade de banco de dados não gera atributos ou chaves estrangeiras. Mas, independente da cardinalidade, havendo relacionamento, tem que ser possível a navegação entre os objetos.
Entidade associativa
No caso de relacionamentos do tipo N: N, a navegação é possível através da resolução do relacionamento. Este tipo de relacionamento desaparece e em seu lugar surge um objeto de resolução.
Define-se como objeto associativo ou entidade associativa o objeto de resolução de um relacionamento N : N.
A chave deste tipo de objeto é formada pelos atributos estrangeiros que são chave nos objetos de origem.
Desta maneira soluciona-se o problema de navegação entre os objetos. Vejamos o exemplo a seguir.
Antes de mais nada, um fornecedor pode fornecer diversos produtos, da mesma maneira, um determinado produto pode ser fornecido por diferentes fornecedores. Ou seja, como é possível saber quais produtos são fornecidos por cada um dos fornecedores? Ou quais fornecedores fornecem determinado produto? Estas respostas são possíveis de serem fornecidas após a resolução do relacionamento N : N, que é efetuada da seguinte maneira
Agora é possível saber quais os produtos são fornecidos por cada fornecedor. Por exemplo, o fornecedor de código 002 fornece tanto o produto de código C como o F, e estes têm suas características especificadas nos objetos FORNECEDOR e PRODUTO, ou seja, “a Padaria Timbó fornece leite e pão”.
Importância do Relacionamento N:N
Lidando com Complexidade de Dados
Em primeiro lugar, o relacionamento N:N é essencial quando se trata de modelar dados complexos pois ele permite a representação precisa de situações em que muitas entidades podem estar envolvidas em muitas outras entidades. Além disso, é especialmente útil em sistemas de gerenciamento de escolas, banco de dados relacional de inventário e em muitos outros cenários onde as relações são intrincadas.
Os processos navegam pelos relacionamentos utilizando os atributos e chaves estrangeiros.
Quando o sistema de informação estiver instalado, este será o caminho físico de acesso que os processos irão realizar no banco de dados em busca das informações.
Os relacionamentos com cardinalidade N : N são resolvidos, e da resolução surgem dois relacionamentos com cardinalidade 1 : N, que possibilitam a navegação entre os objetos.
Também é possível responder quais fornecedores fornecem determinado produto, uma vez que o objeto acima pode igualmente ser definido com as chaves estrangeiras invertidas:
Quem fornece lápis? A Papelaria Luar e a Papelaria Jupí.
No caso de cada fornecedor cobrar um preço diferente para o mesmo produto, como o modelo entidade relacionamentode dados poderá fazer tal indicação?
O atributo vl_produto não é mais exclusivo do objeto PRODUTO. Ele depende também do objeto FORNECEDOR. Neste caso é criada uma particularidade, o objeto de resolução terá atributos não chave além das chaves estrangeiras. Objeto atributivo ou entidade atributiva é um objeto de resolução que apresenta atributos não chave, além das chaves estrangeiras.
E podíamos ter instâncias como por exemplo:
Os objetos de resolução, devem ter nomes que os tomem claros.
Quando ,existe dificuldade em encontrar um nome conveniente, é usual o mesmo receber os nomes dos dois objetos de origem. Assim o objeto FORNECIMENTO poderia se chamar FORNECEDOR/PRODUTO.
Mecanismo de movimentação das cardinalidades
Primordialmente, na resolução dos relacionamentos N : N as cardinalidades se movimentam dos objetos originais para o objeto de resolução mantendo o mesmo sentido de leitura do relacionamento como mostra a figura a seguir. Por exemplo, aparecem duas novas cardinalidades associadas aos objetos de origem e estas terão sempre cardinalidade mínimo e máximo um.
Evitando Dados Redundantes
Em primeiro lugar, um dos benefícios cruciais do relacionamento NN é a capacidade de evitar a duplicação de dados. Além disso, em vez de criar várias entradas idênticas para entidades semelhantes, os relacionamentos N:N permitem que as associações sejam registradas separadamente, economizando espaço e mantendo a integridade dos dados.
Gerenciando Relacionamentos N:N
Uso de Tabelas de Junção
Antes de mais nada, para gerenciar relacionamentos N:N, é comum usar tabelas de junção ou tabelas intermediárias. Ou seja, essas tabelas atuam como intermediárias entre as duas entidades que estão se relacionando. No exemplo dos alunos e disciplinas, uma tabela de junção conteria entradas que associam IDs de alunos a IDs de disciplinas, indicando quais alunos estão matriculados em quais disciplinas.
Queries Complexas
Quando se trabalha com relacionamentos N:N, consultas SQL podem se tornar mais complexas. Isso ocorre porque é necessário buscar informações de várias tabelas diferentes e, em seguida, combinar os resultados de maneira apropriada. A compreensão das operações JOIN e o uso de cláusulas WHERE são essenciais para extrair dados significativos.
Conclusão
Em resumo, o relacionamento do tipo N:N desempenha um papel vital na representação precisa de dados complexos, evitando redundância e permitindo que sistemas de gerenciamento de dados lidem com relações intrincadas. Ou seja, o uso de tabelas de junção e a compreensão de consultas complexas são fundamentais para gerenciar eficazmente esses relacionamentos. Ademais, agora que você compreende melhor o relacionamento N:N, você está pronto para enfrentar os desafios de modelagem de dados mais complexos.
Perguntas Frequentes
Usar tabelas de junção permite que você represente relacionamentos N:N sem duplicação de dados e mantenha a integridade das informações.
Não, relacionamentos N:N são aplicáveis em muitos cenários, como sistemas de gerenciamento de inventário, redes sociais e muito mais.
As consultas SQL podem se tornar mais complexas devido à necessidade de combinar informações de várias tabelas usando operações JOIN.
O uso eficiente de chaves estrangeiras e índices pode agilizar a busca de informações em relacionamentos N:N.